terça-feira, 22 de maio de 2012

Eclipse jornalística - a resposta de Marcelo Crivella ao editorial da Folha de São PauloRepublicando

José Cruz/ABr

Não é possível que a Folha procure detratar alguém por ser “bispo evangélico e cantor gospel”, como se isso me desqualificasse a priori.
   
Todos se lembram quando o maior demagogo da história capitalizou as dificuldades financeiras para envenenar o povo alemão com as quimeras da vingança.

Aí seguiu o fechamento do parlamento, a mordaça na imprensa, a adesão do grande capital e a submissão das forças armadas. Os judeus estavam na primeira fila do ódio do Füher, depois viriam os ciganos, os negros… Era a marcha da insanidade. Como é odioso o preconceito e a que ponto pode chegar!

Li perplexo o ataque que a Folha fez no editorial “Pescaria fisiológica” (4 de abril) ao Ministério da Pesca e Aquicultura e a mim, o ministro, há apenas 28 dias no cargo.

Cabe primeiro, quanto a compra das lanchas, resgatar a verdade do entulho de mentiras e injúrias. São boas e necessárias, e isso foi escrito na ata de recebimento das lanchas por oficiais da Marinha. Convenhamos, ninguém entende mais de barco que eles. Demoraram a entrar em uso? Sim. Mas nem todas.

Em visita a Campo Grande, conversei com o coronel Matoso, do Batalhão Florestal, que disse usar diariamente a lancha para reprimir a pesca predatória no Rio Paraguai.

Do mesmo modo, os técnicos do BNDES consideram o potencial de produção de pescado do Brasil, sobretudo na aquicultura, um segundo pré-sal. Irrelevante, portanto, não é o ministério -é o editorial.

Fosse apenas essa a crítica, paciência, porque se entende a imprensa, mesmo com as suas demasias.

O que não se entende é que a Folha procure detratar a pessoa do ministro por ser “bispo evangélico e cantor gospel”, como se isso me desqualificasse a priori.

E a partir daí, cada letra de cada palavra do editorial, cada palavra de cada linha e cada linha de cada parágrafo escorrem a baba envenenada do preconceito. Na sanha implacável do insulto, insinua que a prática de colocar minhoca no anzol é um imperativo técnico-científico para o exercício do cargo de ministro da Pesca e Aquicultura.

Ora, como se o ministro da Defesa atirasse de canhão, o dos Esportes fosse atleta ou o Serra, quando na Saúde, soubesse aplicar injeção.

O problema, contudo, não é a minhoca. O problema é o “bispo evangélico”. Isso por si só já basta para, em uma trama cerebrina, a Folha maldar que barcos e bispos se compram com o dito fisiologismo do PT.

Ora, devagar. Que o jornal tenha a sua concepção de governo e o perfil de quem deve ou não participar do ministério, é natural e devemos respeitar, ainda que os 77% de aprovação da presidenta, mesmo depois de ter nomeado um ministro evangélico sem o consentimento e a aprovação prévios da Folha, mostrem o contrário.

O que devemos repudiar é que, em plena Semana Santa, o jornal use de sua verve para promover o preconceito contra os evangélicos e, por tabela, contra a liberdade de culto e a livre expressão do pensamento.

Comportamentos do gênero, sabemos pela história, se extravasam sempre na intolerância, na truculência, na opressão e no ódio.

E já não é de hoje que a Folha assume o melancólico papel de vanguarda de uma imprensa facciosa e inimiga jurada dos evangélicos. Como agora nessa espécie de libelo do Santo Ofício da Inquisição.

Será esse o papel da Folha? Capitalizar a indignação popular por supostos escândalos ainda investigados pelo TCU para envenenar seu público numa cruzada contra evangélicos em uma luta fratricida sem ideal, sem nobreza e grandeza?

Que lamentável eclipse jornalístico, tão distante das tradições democráticas que fizeram da Folha o maior jornal do país.

Artigo escrito por Marcelo Crivella, 54, é ministro da Pesca e Aquicultura.

Fonte: MarceloCrivella.com.br

A religiosidade sem Deus


Por Eliseu Antonio Gomes
Do blog Belverede

É muito triste encontrar pessoas dedicadas à religião, porém, desconhecedoras de Deus, embora acreditem que o conheçam.

O apóstolo Paulo chamou a atenção de todos nós, ao lembrar que o exercício religioso é um potente alimento da carne. Ou seja, nem sempre praticar religião é sinônimo de caminhar no Espírito (Colossenses 2.20-22; Gálatas 5.16-23).

Considero importante a reunião regular em uma igreja, mas jamais o estatuto de uma instituição humana poderá estar em mais alto conceito do que os mandamentos do Senhor. A partir do momento que uma pessoa troca esses valores, ela passa de espiritual para alguém meramente religiosa.

Sou favorável à erudição, porém é preciso lidar com ela com equilíbrio. Há quem valorize mais os diplomas de academia teológica do que as Boas Novas do Senhor. Usam nomenclaturas extrabíblicas - arminianismo, calvinismo, etc - para reprovar a fé alheia.

Religiosos não se dedicam ao crescimento do reino de Deus, mas ao crescimento de uma denominação ou movimento, à expansão de uma ideia ou filosofia. Assim como torcedores de times de futebol empunham bandeiras e usam uniformes, os religiosos torcem por uma placa denominacional e defendem teorias e regras criadas por homens. Ou seja, mesmo portando uma Bíblia não têm o conteúdo bíblico como regra de fé e conduta. Para eles está em primeiro lugar o credo da instituição a que pertencem e não o Evangelho de Cristo que nos ordena amar, mesmo que citem o nome de Jesus e trechos do Antigo e Novo Testamento em seus argumentos.

Os religiosos colocam o ponto de vista humano acima do mandamento do amor a Deus e ao próximo. São portadores de orgulho denominacional. São propensos a agredir, de maneira verbal e às vezes até física, em defesa de seu grupo e interesses. Consideram que esse tipo de falta de amor é prestação de serviço ao Senhor.

Faz um bom tempo que eu decidi parar de conversar sobre as Escrituras Sagradas com religiosos fanáticos, porque percebi que eles consideram todos os discordantes como inimigos.

A minha decisão em parar de conversar com religiosos fanáticos foi porque eles, apaixonados pela causa terrena, perdem a compostura objetivando fazer prevalecer à opinião da religião que estão agregados. Como praticar inimizade os expõe como carnais, douram a pílula usando eufemismo, dizem opinar negativamente em nome da apologia cristã. Dizendo fazer uso da apologética sentem-se livres para classificar desafetos e "concorrentes" como lobos em pele de cordeiro, mercenários e hipócricas.

Leitor (a), todo cuidado é pouco. Não é porque alguém recebe adjetivos de outra, que se apresenta com título de apologista cristão, que de fato o alvo da crítica seja o que é dito que ela é. Não se apresse em deduções e nem se deixe guiar por julgamentos de irmão contra irmão. Existe uma indústria se alimentando com essa pseudo-apologética cristã. São produzidos livros, DVDs, palestras. Há quem esteja ganhando muito dinheiro com a realização de maledicência, julgamentos injustos.

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” – João 13.35.

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” – Romanos 13.10.

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” – 1 João 4.8.

E.A.G.
Creditos: Eliseu Antonio Gomes